Os fãs de música agradecem: não precisamos mais implorar para que o Brasil seja incluído nas turnês das grandes bandas estrangeiras. Tudo acontece com o tempo, atualmente, e até bandas que estavam paradas e voltaram recentemente estão passando por aqui, como foi o caso do System of a Down, do Rage Against the Machine e deve ser o do Black Sabbath em 2012.
Com isso, muitos fãs novos estão se formando e os velhos fãs estão cada vez mais fãs. Afinal, quem esperaria, há alguns anos atrás, ver shows de Ozzy Osbourne, AC/DC, Kiss e Metallica em um intervalo de 3 anos? Não sei em qual grupo me enquadro, mas depois de uns cinco shows que fui, achei que poderia escrever um “guia” de como se portar em um show (não só de rock, talvez). Realmente escrevi, mas hoje, mais experiente, há muito a se acrescentar. Então, vamos ao que interessa.
O show começa na preparação e na informação. Faça questão de saber – e não esquecer nunca – quando será o show e quando se iniciam as vendas de ingresso (e torça para não acontecer como com o Lollapalooza Brasil: divulgação do lineup, preços e venda de ingressos tudo na mesma semana). Poupe seu dinheiro e, se o show for muito concorrido, prepare-se para ficar algumas horas na frente do computador em sites de venda de ingressos, como a Tickets 4 Fun e o Ingresso.com. Se o show não for tão concorrido assim, parabéns, mas não deixe para a última hora para evitar imprevistos.
Com os ingressos na mão, não faz mais que obrigação conhecer muito bem a banda, certo? Procure decorar letras, melodias, solos, sussurros, respirações e tudo que for possível de ser decorado nas músicas. Evite consultar possíveis setlists (se for Metallica, Pearl Jam ou Dream Theater, pode, porque os sets são sempre diferentes!) ou ver vídeos das músicas possíveis de serem tocadas. Nada se compara à emoção da surpresa, de ver tudo ao vivo, na hora.
Chega o dia do show, finalmente! E agora? A fila é uma diversão a parte e vale à pena, caso você tenha tempo e vá com amigos (ir a shows sozinho é muito chato). Se não tiver tempo para ficar na fila, chegue pelo menos algum tempo depois do horário marcado para abertura dos portões do local do show. Assim você evita, quase que completamente, as filas, já que todo mundo já entrou.
Ignore as condições climáticas do dia do show e dê preferência ao local do espetáculo. Se você escolheu assistir na pista, dificilmente passará frio durante o show e, se estiver de blusa, você esquentará mais que um forno em potência máxima. Ou seja, esteja o frio que estiver, proteja-se dele somente antes do show. Para a arquibancada e shows em lugares abertos (principalmente estádios) as coisas mudam, porque faz MUITO frio em épocas de frio. Então, tenha sempre uma blusa em mãos, nesse caso. Capa de chuva? Leve a sua de casa, mas não use durante o show. Quer uma prova? Veja o Foo Fighters tocando My Hero na chuva: clique aqui.
Se você for a um festival, tem duas opções: leve tudo ou não leve nada. Particularmente, é mais interessante o “levar nada” por motivo único: prioridade ao show. Aliás, não só em festivais, mas em qualquer show, leve somente o necessário: ingresso, identidade, carteirinha de estudante (se for meia entrada) e dinheiro para sobrevivência no local do evento. Celular? Câmera? Que nada, as melhores lembranças se guardam na memória (e câmera e celular apenas pesam)! No entanto, se você optar pelo levar tudo, não esqueça capa de chuva, protetor solar, comida (quando o evento permitir) e... câmera fotográfica. Afinal, se você já vai estar de mochila mesmo, então aproveite.
Entrei no local do show! O que eu faço? Se você tiver um lugar na arquibancada, sem problemas. Se for para a pista, escolha um lugar, sente-se e espere. Se precisar ir ao banheiro ou comprar comida, vá antes de se sentar, já que, a partir desse momento, você deve esperar o show começar, sentado! Isso mesmo, não se levante e não gaste suas energias em pé enquanto pode ficar sentado, mesmo se estiver na grade da pista. Ocupe todo o espaço que você conseguir – estique as pernas, braços, deite no chão, enfim... – já que cada centímetro de pista é valioso, ainda mais quando o show começa e esses centímetros livres se tornam raros e principalmente na grade, onde o empurra-empurra é (muito) grande.
Condições físicas e psicológicas são extremamente facultativas. A última coisa na qual você deve pensar em um show é em parar de pular, por dor nas pernas, ou parar de cantar, por dor de garganta e/ou ausência de voz. Aliás, conforme você ouve as músicas que gosta, tocadas por seus artistas favoritos, ali, pertinho de você, problemas físicos são automaticamente esquecidos. O que você não esquece são as músicas que tanto ouviu, principalmente depois que seu ingresso foi comprado, certo? Poucas sensações são comparáveis à de se ver o seu artista preferido ao vivo na sua frente. Então, agora é a hora. Para concluir, uma frase que seria suficiente para resumir todo o texto: liberte sua mente de todos os problemas e curta o momento do show como se fosse o último de sua vida.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Quanto mais criativos, melhor
Criatividade é um conceito que dispensa definições de dicionários ou enciclopédias. Desde a pré-escola, as professoras já colocam a ideia de "ser criativo" nas cabeças das crianças que, sem nem saberem o que é um dicionário, sabem o que devem fazer ao ouvir "sejam criativos", para desenhar, fazer uma escultura de argila, ou qualquer outra coisa. Ou seja, ainda crianças, descobrimos que usar a criatividade é fazer alguma coisa de maneira diferente, inédita, que ninguém, inclusive você mesmo, nunca fez.
Conforme as crianças crescem, descobrem que a criatividade não serve só para fazer desenhos ou esculturas de argila. A vida ensina que o conceito está presente em várias outras esferas da cultura popular brasileira e do mundo. Por exemplo, um jogador de futebol criativo é aquele que tem mais intimidade com a bola, que literalmente inventa jogadas, dá passes precisos, faz o inimaginável. Aprende-se, também, que o músico criativo é o mais versátil: o que tira sons incomuns de seus instrumentos musicais, que escreve belas passagens ou, até mesmo, faz letras irreverentes e inusitadas.
Então, vem uma das etapas mais complicadas da vida humana: escolher uma carreira, um emprego e, mais uma vez, ouve-se muito falar de criatividade. Seja para engenheiros, publicitários, arquitetos, professores ou jornalistas, é fundamental ser criativo em maneiras mais simples de se fazer cálculos, melhores campanhas, prédios mais bonitos, aulas mais interessantes ou notícias inéditas e bem contadas. É bem possível que, até essa etapa da vida, "criatividade" tenha sido uma das palavras mais ouvidas pelos ouvidos de todos e uma das menos perguntadas junto à questão "o que é isso?".
O tempo passa e continuamos a ouvir que quanto mais criativos formos, melhor será, e, na prática, vê-se que é verdade: ser criativo é se destacar. Em 2011, sustentabilidade se tornou um termo popular e as empresas estão fazendo de tudo para se destacar e mostrar às pessoas que acabaram de aprender "o que é ser sustentável" como isso é feito. A resposta é evidente, vence a empresa mais criativa. Aquela que chamar mais atenção dos clientes com ações novas ou com ações já praticadas por outras empresas, mas realizadas de maneiras diferentes.
Portanto, das escolas aos escritórios, recebemos sempre a mesma lição. Sem nunca ouvir uma definição do que é ser criativo, ou sem procurar em dicionário algum, buscamos essa tal criatividade ao longo de nossas vidas sempre que possível. Maneiras diferentes de fazer várias coisas aparecem a todo tempo, seja no esporte, na música, na publicidade, na engenharia ou em qualquer outro meio. A tendência é que o mundo se torne um lugar diferente, se, cada vez mais, as pessoas usarem a criatividade para trabalharem ou realizarem suas atividades cotidianas. Ou seja, quanto mais criativos, melhor.
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